Subo a montanha
Com o vento nos braços
Como se carregasse nos ombros
Todo o peso dos dias
Ergo os olhos ao alto
E respiro, inerte,
A aragem agreste dos penhascos
Arrasto amarga
A solidez das fragas
Num movimento mole
De exaustão extrema
Arribo ao cume
Para conquistar
As nuvens
O céu
O sol
A arrebatadora miragem
Que vislumbro
Tudo é meu neste momento
Tudo é meu nesta hora
Tudo é meu
quando se me oferece
nesta dádiva generosa
de infinito azul…
Dina Cruz
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