Dantes, as estrelas costumavam estar tão perto... Estavam a um estender de mão... À distância de um olhar, de um sorriso... Bastava abrir os olhos, ou mesmo sem os abrir, estavam ali... Sentia-as na pele como se sente o toque macio da brisa, no Verão, ao entardecer...
Era tão simples alcançá-las e arrumá-las todas dentro de mim, uma a uma...
Aqueciam-me por dentro e iluminavam cada momento dos meus dias, das minhas horas, boas ou más...
Era o tempo dos sonhos e dos sorrisos abertos e francos, de quem tudo espera, de quem tudo deseja, de quem confia tudo alcançar... mesmo as estrelas...
Era o tempo dos olhares limpos e claros como as gotas de chuva que escorriam na vidraça e que eu imaginava chorarem por não serem como eu – despida de lutos e tristezas, de desilusões e melancolias, de arrependimentos e angústias, de anseios ou sonhos por cumprir.
Agora não chove, mas, a maior parte do tempo, sinto essas gotas de chuva escorrerem, não na barreira transparente da vidraça, mas em mim... E arrefecem-me. E apagam a luz que as estrelas me ofereciam quando estavam perto... a um estender de mão... à distância de um olhar, de um sorriso...
Fecho os olhos. Abro os olhos. Volto a fechá-los, mas já não as sinto... já não estão ali...
E dentro de mim, a noite é escura e fria.
E fora de mim, a noite é escura e fria.
E o meu sorriso já não tem a franqueza dos sonhos, do amanhã ansiado, do poder de dar a volta ao mundo em cada gesto...
E o meu olhar já não alcança nada, para lá da vidraça...
Dina Cruz
Era tão simples alcançá-las e arrumá-las todas dentro de mim, uma a uma...
Aqueciam-me por dentro e iluminavam cada momento dos meus dias, das minhas horas, boas ou más...
Era o tempo dos sonhos e dos sorrisos abertos e francos, de quem tudo espera, de quem tudo deseja, de quem confia tudo alcançar... mesmo as estrelas...
Era o tempo dos olhares limpos e claros como as gotas de chuva que escorriam na vidraça e que eu imaginava chorarem por não serem como eu – despida de lutos e tristezas, de desilusões e melancolias, de arrependimentos e angústias, de anseios ou sonhos por cumprir.
Agora não chove, mas, a maior parte do tempo, sinto essas gotas de chuva escorrerem, não na barreira transparente da vidraça, mas em mim... E arrefecem-me. E apagam a luz que as estrelas me ofereciam quando estavam perto... a um estender de mão... à distância de um olhar, de um sorriso...
Fecho os olhos. Abro os olhos. Volto a fechá-los, mas já não as sinto... já não estão ali...
E dentro de mim, a noite é escura e fria.
E fora de mim, a noite é escura e fria.
E o meu sorriso já não tem a franqueza dos sonhos, do amanhã ansiado, do poder de dar a volta ao mundo em cada gesto...
E o meu olhar já não alcança nada, para lá da vidraça...
Dina Cruz
Para mim, serás sempre uma ESTRELA!
ResponderEliminarUma estrela que ilumina os meus momentos... que desenha os meus sorrisos e seca as minhas lágrimas... que lança sonhos no meu horizonte, com uma simplicidade tal, que parece que eles são feitos do pólen que encanta a Primavera...
Uma estrela que encontro a cada estender da mão, a cada sorriso ou olhar...
Uma estrela que terá sempre o meu sorriso para desvanecer as gotas de chuva, o meu olhar para mostrar o mundo que vejo e, a minha mão estendida com um baú de sonhos que quero partilhar e oferecer.