05 janeiro 2009

Tudo-Nada

Do ventre da terra
Nascem dias cinzentos
De escuridão e ausência
Solta-se o negro das almas
E escorrem
Das mãos
Os ódios e raivas do passado

É manhã!
E do cume dos montes
Resvala uma luz tépida e mole
De pretenso viço

Nada cresce
na aridez dos penhascos
Nada vive
Na solidez do monte
Nada se ilumina
Na solidão dos homens
Nada permanece
Na podridão dos dias!

Tudo perece…
Tudo fenece…

Dina Cruz

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