Auto-retrato
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
Natália Correia
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Andas nostálgica, querida Dina?
ResponderEliminarpor tudo e por nada... todas as vezes por nada...uivam lobos do cimo das penedias por tanto e tanto mais ainda desfilam e desfibram enquanto vapores, solfejando louvores, arguindo e aspergindo. por tudo e por nada. sem que sejam lobos... sem que sejam alvos e rubros. sem que haja serra. sem que do monte, sem teias e sem ardis... nada melhor! melhor nada. uivos ouço do fundo da naúsea. do fundo! no fundo! ao fundo. a vida. alvíssaras. à rosa. àquela. à única. tocam os louvores enquanto uivam as sombras.
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